quinta-feira, 1 de julho de 2021

Versão DEFINITIVA (exceto pela posição espacial da dedicatória) do Poema Z

 


 

 

 

Um dos poemas dedicados à Poetisa Diana Pilatti: MEIO

 


 

 

 

Uma das versões de [(IMPRE)](CI)[S(SÃO)] FUGIDIA

 

[(IMPRE)](CI)[S(SÃO)] FUGIDIA





Estou agora neste quarto escuro, sozinho, pensando, penando: pensando na vida e os caminhos do mundo. São somente umas cinco horas ou um pouco mais e ainda há silêncio suficiente para ouvir a voz das coisas quietas, em surdina. A luz crescente vem pelas poucas frestas da única janela que me separa da vida renascendo lá fora. Janela que também marca uma fronteira entre mim e os outros (ah, os dramas contidos no íntimo de cada um, nas casas dessa cidade, no mundo todo), a segurança de que disponho para, entre outras coisas, apanhar estes pensamentos e distribuí-los no papel, a certeza de que uns e outros cuidam da vigília da vida, a fome que, sabe, será alimentada com suficiente(?) comida e mais fome, logo adiante, o seguir avante, sempre, seja qual for o destino.



Os sons que se expandem e chegam de lá de fora me garantem que continua o pacto silencioso entre os homens, de dar seqüência, continuidade a mais um dia, de trabalho, de penares, de amores e dores, quem sabe, de flores, pois não?



Agora, vou ao banheiro e lavo o rosto, tomo um banho e vejo que a existência é mesmo incrível: tão precisa e instável. O despertador, inútil, chama pontualmente para as obrigações da manhã e seus gestos de ontem, anteontem, antes...



Em todos os cantos, a vida se espreguiça, renasce das cinzas, brota das trevas (para reencontrá-las mais adiante?). Pasta dental, sabonete, café da manhã, notícias do dia: tudo isso será mesmo necessário? Apelo para o bom senso: carpe diem. Mas... Entre resgatar a simplicidade da vida e seguir-lhe os rituais, navega o sentido das palavras, a importância absoluta do viver, a relação com as coisas e seres, este momento (que pede solução). Mudar agora, ou... nunca mais? Abro a janela e vejo: um homem passa, passa uma motocicleta, um ônibus, passam, passam tudo e todos. Mas faz sol.






 

Poema "Mensagem"

 


Mensagem



I


Todas as pessoas do mundo são importantes

e merecem igualmente amor, respeito e carinho.

Não importa o que tenha acontecido antes,

pois o presente é que é o verdadeiro caminho,

 

II


rumo para se encontrar um pouco de felicidade,

para se realizar o que sempre se quis,

seja no amor, na vida em geral ou na amizade,

tudo é motivo para mais se buscar ser feliz.

 

III


Se todos procurassem ser amigos

o mundo certamente seria bem melhor,

sem o medo de enfrentar todos os perigos,

pois no amor os corações seriam abrigos

aonde se construiria um sonho ainda maior.



IV


Apesar de todos os sofrimentos e dores,

a vida é bela, é justamente uma constante procura,

pelo encanto e a beleza de tudo, céu azul, flores,

o sentimento de amor à nossa terra, a ternura

que temos para dar aos amigos e aos nossos amores,

o contato com a sublime natureza, bela e pura,

o verde das matas, os campos e suas múltiplas cores,

enfeitados pela manifestação de vida, em tantos sabores,

que basta lembrar disso tudo para ter de todos os males a cura.


V


Todos merecem ser muito bem felizes,

em sentimento de amor e igualdade,

pois basta lembrar que a felicidade

depende de nós e está em nossas próprias raízes,

tão perto que até parece brincadeira

e, no entanto. procuramos por ela a vida inteira...

 

VI


Isso porque sempre buscamos distante

o que está, às vezes, tão perto de se alcançar,

que perdemos mais em cada instante,

por não saber aonde por ela procurar.



VII

 

Somente é preciso desarmar o coração,

deixá-lo livre de todo egoísmo e desconfiança,

amar a todos como amigo ou como irmão,

e sentir mais, a cada dia, uma nova esperança

germinando em nós como uma semente

que dará bons frutos a partir deste presente.

 

VIII

 

O mais importante é acreditar na vida,

acreditar em nós mesmos e nas outras pessoas

e saber que a alegria nunca estará perdida

se é felicidade viver um mundo inteiro de coisas boas.